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Taylor Swift compra os direitos das gravações originais dos seus seis primeiros álbuns

Após ter seu catálogo vendido por sua antiga gravadora em 2019, a cantora iniciou um lucrativo projeto de regravações — mas agora recupera pela primeira vez o controle total das versões originais

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Jornalista que atua em Brasília desde 1995, tem experiência em redação, em comunicação corporativa e comunicação pública, em assessoria de imprensa, em produção de conteúdo, campanha política e em coordenação de equipes. Atuou, entre outros locais, no Governo Federal, na Presidência da República e no Ministério da Justiça; no Governo do Distrito Federal, na Secretaria de Comunicação e na Secretaria de Segurança Pública; e no Congresso Nacional, na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados e na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO).
Taylor Swift compra os direitos das gravações originais dos seus seis primeiros álbuns
Taylor Swift compra os direitos das gravações originais dos seus seis primeiros álbuns. Após ter seu catálogo vendido por sua antiga gravadora em 2019, a cantora iniciou um lucrativo projeto de regravações — mas agora recupera pela primeira vez o controle total das versões originais. Reprodução Instagram (@taylorswift)

A cantora Taylor Swift comprou os direitos das gravações originais (masters) dos seus seis primeiros álbuns, conquistando pela primeira vez o controle total sobre todo o seu catálogo musical. Em carta aberta aos fãs, publicada em sua página oficial, ela afirmou: 

“Quase parei de acreditar que isso poderia acontecer, depois de 20 anos tendo a cenoura pendurada na frente do nariz e depois tirada. Mas isso ficou no ado agora. Toda a música que eu já fiz… agora pertence a mim.”

Swift havia perdido esses direitos em 2019, quando sua primeira gravadora, a Big Machine Records, vendeu o catálogo para o executivo musical Scooter Braun. 

A cantora descreveu essa venda como seu “pior pesadelo” e disse que não teve a oportunidade de comprar o catálogo integralmente, mas apenas de “ganhar de volta” um álbum para cada novo disco regravado para a gravadora. 

A partir de 2019, seus álbuns aram a ser lançados pela Republic Records, e Swift reteve os direitos das gravações originais dessas obras.

Scooter Braun, que já gerenciou artistas como Kanye West — conhecido por seu episódio polêmico na entrega do VMA em 2009 com Swift — vendeu os direitos para a empresa de private equity Shamrock Capital por cerca de US$ 300 milhões em novembro de 2020.

Na carta divulgada nesta sexta-feira (30), Taylor Swift afirmou que comprou de volta os masters, além dos vídeos, filmes de shows, capas de álbuns, fotografias e músicas inéditas, da Shamrock Capital. 

Embora rumores apontassem um valor entre US$ 600 milhões e US$ 1 bilhão, o Guardian informa que esses números são exagerados.

Em seu contrato original com a Big Machine, a gravadora detinha os direitos sobre as gravações originais, prática comum na indústria. Sobre a compra, Swift disse: 

“Tudo o que eu sempre quis foi a oportunidade de trabalhar duro o suficiente para poder um dia comprar minha música, sem condições, sem parcerias, com autonomia total.”

Ela agradeceu à Shamrock Capital pela negociação “honesta, justa e respeitosa”, destacando que, para eles, era apenas um negócio, mas para ela era “minhas memórias, meu suor, minha escrita e décadas de sonhos.”

Swift também creditou o apoio dos fãs na conquista: “Não tenho palavras para agradecer por me ajudarem a me reunir com essa arte à qual dediquei minha vida, mas que nunca havia possuído até agora.”

Para recuperar o controle do catálogo após a venda original para Braun — e desvalorizar o investimento dele — Taylor iniciou um projeto para regravar todos os seis primeiros álbuns, lançando-os com o selo “(Taylor’s Version)” e adicionando faixas inéditas das sessões originais, chamadas “From the Vault”.

Entre 2021 e 2023, Swift regravou os álbuns Fearless (2008), Red (2012), Speak Now (2010) e 1989 (2014). Como compositora principal, ela tem o direito legal de regravar as músicas e impedir o uso das versões originais.

Algumas dessas regravações já foram usadas em trilhas sonoras de filmes e séries. Na semana ada, a nova versão de “Look What You Made Me Do” — da regravação inédita do álbum Reputation (2017) — apareceu na nova temporada de The Handmaid’s Tale.

Os álbuns Reputation e o debut autointitulado de 2006 ainda não foram regravados. Os fãs especulam há anos sobre as possíveis datas de lançamento, buscando pistas nas cores das roupas e nas postagens limitadas de Swift nas redes sociais.

Agora que Taylor Swift recuperou os direitos das gravações originais, a continuidade do projeto de regravações pode perder sentido.

Fontes: The Guardian e The New York Times

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