• TRANSPARÊNCIA NA DEVOLUÇÃO

    Caso INSS: Veja quantos aposentados e pensionistas já buscaram restituição

    Presidente do órgão, Gilberto Waller Jr., falou à imprensa sobre a devolução dos valores aos beneficiários que foram descontados indevidamente por associações

    Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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    Das mais de 4,1 milhões de pessoas atingidas inicialmente pelas fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), 11% já buscaram a restituição do valor, de acordo com o presidente da instituição, Gilberto Waller Jr. Esse número equivale a 480,6 mil pedidos de restituição até as 16 horas desta quarta-feira (14).

    “Conseguimos mais de 10% do público da Operação Sem Desconto. A gente vai continuar fazendo balanço, buscando as pessoas que não tiveram alcance, todos irão se manifestar”, afirmou o presidente do INSS, Waller Jr. “Ninguém ficará sem a possibilidade de manifestar um desconto indevido na sua folha”, completou.

    Desse montante, 98,6% (473.940 mil) dos requerentes afirmaram não reconhecer o vínculo com as associações apresentadas no extrato. Além disso, 41 associações foram notificadas.

    Waller Jr. ainda revelou que, apesar do número inicial de 4,1 milhões de pessoas afetadas, esse número oficial pode subir em detrimento da busca por maior transparência e participação no que diz respeito aos últimos 5 anos – sendo, portanto, um total de até 9 milhões de pessoas englobadas na possível restituição de valores:

    “Talvez aquele que tenha 31 anos de desconto não esteja no caso, por isso a gente entendeu por bem, por transparência e maior possibilidade de participação, estender para todos que tiveram desconto não importando quando começou… Por isso saímos de 4,1 milhões para 9 milhões de pessoas afetadas”, explicou Waller Jr. “O que importa é que tenha desconto nos últimos cinco anos”, finaliza.

    Como se manifestar sobre descontos indevidos

    Ao todo, o INSS irá notificar cerca de 9 milhões de beneficiários. A notificação será feita por meio do aplicativo Meu INSS e, alternativamente, pela Central de Atendimento telefônico da autarquia, no número 135. Veja como saber se foi vítima de uma fraude nos descontos do INSS.

    “Lembrando que esse pedido não tem prazo para terminar, não precisa ter uma correria, ele não tem prazo para findar. Uma das coisas que o INSS se compromete com todos: nenhuma comunidade vai ser alojada, retirada desse procedimento”, reiterou o presidente do INSS, Waller Jr.

    Entenda o caso

    O ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) Alessandro Stefanutto, se demitiu a pedido do presidente Lula, no fim de abril deste ano, após serem revelados desvios de até R$ 6 bilhões na Previdência Social. A investigação foi realizada pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU), durante a operação Sem Desconto.

    Além de Stefanutto, foram exonerados ainda o procurador-geral do INSS, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho; o coordenador-geral de e ao Atendimento ao Cliente do INSS, Giovani Batista Fassarella Spiecker; o diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão, Vanderlei Barbosa dos Santos, e o coordenador-geral de Pagamentos e Benefícios do INSS, Jacimar Fonseca da Silva.

    As fraudes no INSS teriam começado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, ainda em 2019, e se estendido até 2024. Stefanutto assumiu o cargo de presidente do INSS em 2023, a pedido do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, que também havia indicado Glauco Wamburg, antecessor de Stefanutto no cargo, exonerado em 2023 por irregularidades no uso de agens e diárias.

    Os desvios aconteciam durante a aplicação dos benefícios do INSS, onde eram descontados valores mensais de aposentados e pensionistas como se eles tivessem se associado ou autorizado descontos relacionados a associações.

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