O humorista Marcelo Alves confessou à polícia o assassinato da miss Raissa Suellen Ferreira da Silva, de 23 anos, cujo desaparecimento havia sido registrado em Curitiba no início de junho. Antes de se entregar, ele enviou um áudio à irmã da vítima assumindo o crime, segundo revelou a advogada da família, Carina Goiatá, ao portal g1. O corpo da jovem foi localizado enrolado em uma lona, enterrado em uma área de mata no município de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba.
Raissa era natural de Paulo Afonso, na Bahia, e morava há três anos na capital paranaense. Segundo familiares, ela se preparava para se mudar para Sorocaba (SP), onde havia conseguido uma oportunidade de trabalho. Em 2020, a jovem foi coroada Miss Serra Branca Teen.
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Marcelo, amigo antigo da família e conhecido da vítima desde que ela tinha 10 anos, chegou a abrigar os parentes de Raissa em sua casa durante as buscas. No entanto, dias depois, procurou a polícia, confessou o crime e levou os agentes até o local onde havia enterrado o corpo.
Assassinato após rejeição
Segundo a delegada Aline Manzatto, responsável pela investigação, Marcelo afirmou que no dia 2 de junho buscou Raissa com a falsa promessa de ajudá-la a encontrar emprego em São Paulo. Após almoçarem juntos, os dois foram até a casa dele, onde o humorista declarou estar apaixonado. Diante da recusa e, segundo ele, de xingamentos por parte da jovem, Marcelo afirmou ter “perdido o controle” e a estrangulou com uma abraçadeira plástica.
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“Ele disse que ficou com ódio e descontrolado, pegou um fio de plástico e estrangulou a vítima. Dez minutos depois, ao retornar ao cômodo, Raissa já estava morta”, relatou a delegada.
Marcelo contou ainda que, com ajuda do filho, colocou o corpo da jovem no porta-malas de um carro emprestado e o levou até uma área de mata, onde a enterrou. O filho também foi preso por participação na ocultação do cadáver, mas foi liberado após pagamento de fiança.
Prisão e investigações
Marcelo Alves foi autuado em flagrante por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. A polícia solicitou a conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva. O caso segue sob investigação para apurar se há indícios de violência sexual e verificar a veracidade do relato do suspeito em relação às lesões encontradas no corpo da vítima.
O que diz a defesa
O advogado de Marcelo, Caio Percival, afirmou que o crime não foi premeditado e que o cliente agiu sob "violenta emoção". Segundo ele, Marcelo está colaborando com a Justiça e tem histórico de bom comportamento.
“Infelizmente, ele foi arrastado pelas barras da paixão a essa situação que foge do normal. Há causas de diminuição de pena: a confissão espontânea e o domínio de violenta emoção logo após uma provocação”, declarou o defensor.
A morte de Raissa Suellen, jovem promissora e querida por amigos e familiares, causa comoção tanto na Bahia quanto no Paraná, onde ela buscava novas oportunidades. A investigação agora busca justiça e respostas completas para a brutalidade do crime.
Com informações do G1