A origem do universo é amplamente explicada pela teoria do Big Bang, que descreve uma expansão iniciada há 13,8 bilhões de anos. Desde então, o universo continua a se expandir de forma acelerada. No entanto, o seu futuro final é tema de diversas hipóteses científicas.
Segundo a física Nemanja Kaloper, da Universidade da Califórnia, a cosmologia enfrenta limitações metodológicas por depender exclusivamente de observações ivas, sem possibilidade de replicação experimental. Com isso, surgem diferentes projeções baseadas em modelos teóricos.
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O Grande Congelamento
Para o professor Henry Tye, da Universidade Cornell, o cenário mais provável é o Grande Congelamento, também chamado de Big Freeze. Nesse modelo, a expansão cósmica continuará indefinidamente, diluindo progressivamente a energia do universo até que toda atividade cesse. Esse processo pode durar trilhões de anos e resultaria na chamada morte térmica do universo.
O Grande Colapso
Uma hipótese alternativa é o Grande Colapso ou Big Crunch, proposto por Antonio Padilla, da Universidade de Nottingham. Segundo esse modelo, a energia positiva do espaço pode um dia se tornar negativa, fazendo com que o universo pare de se expandir e entre em colapso. Algumas simulações estimam esse evento em cerca de 100 bilhões de anos.
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Ciclos e evaporação
Existe ainda a teoria do Big Bounce, que considera o universo em ciclos sucessivos de expansão e contração. Outra possibilidade, baseada em um estudo de 2025 no Journal of Cosmology and Astroparticle Physics, sugere que toda matéria poderá desaparecer em 1078 anos, devido à radiação Hawking.
"Prever o futuro distante é difícil", diz Padilla. A ausência de evidências definitivas obriga os cientistas a aprimorar os modelos teóricos existentes. Entender melhor a energia escura, a matéria escura e a teoria das cordas pode abrir novos caminhos para compreender o destino do cosmos.