Enquanto a maior exposição de defesa do Japão começava esta semana, os visitantes tiveram a oportunidade de ver de perto um modelo do futurista "canhão eletromagnético" (railgun), que seus fabricantes esperam que seja capaz de interceptar mísseis hipersônicos.
Diferente das armas tradicionais que usam pólvora, a tecnologia do canhão de trilho utiliza energia eletromagnética para disparar um projétil ao longo de trilhos em velocidade ultra-alta.
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Em teoria, o projétil destruirá o alvo — que pode ser um navio inimigo, um drone ou um míssil balístico em aproximação — apenas com sua enorme energia cinética.
Outros países, incluindo Estados Unidos, China, França e Alemanha, também estão desenvolvendo essa tecnologia, mas a marinha japonesa, em 2023, afirmou ter sido a primeira no mundo a testar um canhão de trilho embarcado em um navio.
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"O canhão de trilho é uma arma do futuro que dispara projéteis com energia elétrica, ao contrário da artilharia convencional", disse um funcionário da Acquisition, Technology and Logistics Agency (ATLA), agência vinculada ao Ministério da Defesa do Japão, à AFP.
"Espera-se que, no futuro, surjam ameaças que só poderão ser neutralizadas por canhões de trilho", afirmou o oficial, que não quis se identificar.
A feira de defesa DSEI Japan Conference, que começou na quarta-feira e dura três dias, ocorre em um momento em que o Japão adota uma política de defesa mais assertiva e busca vender mais equipamentos militares para outros países.
Em particular, a japonesa Mitsubishi Heavy Industries (MHI) e a alemã Thyssen Krupp Marine Systems (TKMS) estão competindo por um grande contrato para fornecer novos navios de guerra à marinha australiana.
Segundo a mídia japonesa, vencer o contrato bilionário do Project Sea 3000 para fornecer fragatas da classe Mogami à Austrália seria a maior exportação militar do Japão no pós-guerra.
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