Depois que a Universidade de Harvard se recusou a delatar estudantes que tenham participado de atividades pró-Palestina, a Casa Branca disparou ameaças contra a instituição, e elas se concretizaram nesta quinta-feira (22).
Por meio de um comunicado, o Departamento de Segurança Interna do governo Trump revogou o direito da Harvard de matricular estudantes estrangeiros. Os que estão matriculados deverão pedir transferência ou irão perder o status legal.
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"Harvard não pode mais matricular estudantes estrangeiros, e os estudantes estrangeiros existentes devem se transferir ou perder o seu status legal", declarou, em comunicado, o Departamento de Segurança Interna dos EUA.
Dessa maneira, a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, determinou que o seu departamento encerrasse a certificação do Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio de Harvard. A decisão é o cumprimento de uma ameaça feita em abril contra a instituição de ensino, que se recusou a entregar "registros detalhados sobre as atividades ilegais e violentas" dos estudantes estrangeiros.
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Segundo informações da CNN, Harvard afirma ter 9.070 pessoas estrangeiras em seu corpo discente. Dados da universidade mostram que 6.793 estudantes internacionais representam 27,2% das matrículas no ano acadêmico 2024-25.
Em nota, Harvard classificou a decisão do governo Trump como "ilegal" e declarou estar comprometida em manter a capacidade de Harvard de hospedar estudantes e acadêmicos internacionais, que vêm de mais de 140 países e enriquecem a universidade e esta nação.
"Estamos trabalhando rapidamente para fornecer orientação e apoio aos membros de nossa comunidade. Essa ação retaliatória ameaça causar sérios danos à comunidade de Harvard e ao nosso país, e prejudica a missão acadêmica e de pesquisa da Harvard", declarou o porta-voz da instituição de ensino, Jason Newton.