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    Trump lava as mãos e guerra Rússia-Ucrânia tem escalada

    Negociações seguem, por enquanto sem avanço

    O mapa.Pelo mapa do ex-presidente da Rússia, a Ucrânia ficaria apenas com uma pequena faixa de terra na fronteira com a Polônia.Créditos: Reprodução X
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    O presidente Donald Trump, depois de prometer acabar com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia "em 24 horas", parece ter desistido de se envolver em negociações diretas sobre o conflito.

    Nas últimas horas, Trump fez duras críticas a seu colega Vladimir Putin nas redes sociais. Escreveu que "sempre tive boas relações com Putin, mas alguma coisa aconteceu com ele. Enlouqueceu completamente!".

    O ocupante da Casa Branca se referia aos ataques aéreos feitos pela Rússia à Ucrânia em dias recentes, os mais destruidores desde o início do conflito -- foram três noites de bombardeio desde sexta-feira ada, com ao menos 13 civis mortos, sempre segundo o governo da Ucrânia.

    A Rússia teria utilizado 101 mísseis de cruzeiro e 355 drones do tipo Shahed, de tecnologia importada do Irã. Analistas militares sustentam que os russos modificaram o míssil Iskander-M para que utilize um sistema que despista os radares, tornando mais difícil a interceptação pelos sistemas de defesa Patriot fornecidos pelos Estados Unidos.

    Com alcance de 500 quilômetros, o Iskander convencional voa em uma trajetória balística, ou seja, faz uma trajetória em arco até despencar sobre o alvo, o que também reduz a eficiência dos sistemas de defesa.

    A Rússia argumenta que os ataques foram resposta a uma semana em que a Ucrânia teria utilizado cerca de 2.300 drones contra alvos civis, a maioria deles em território russo. Moscou argumenta que trata-se de uma campanha aérea sem objetivo militar, mas para causar pânico na população civil.

    A escalada da guerra se deu depois do início de negociações em Istambul, iniciadas apesar de Vladimir Putin ter se negado a aceitar a demanda da Ucrânia e de aliados de um cessar-fogo de 30 dias.

    Novas sanções dos EUA

    Nas últimas horas, a mídia estadunidense especula que Donald Trump pode aplicar novas sanções à Rússia ou suspender qualquer limite ao fornecimento de armas à Ucrânia.

    Trump já garantiu o que queria: um acordo que dá aos EUA o aos minerais ucranianos, especialmente as terras raras sobre as quais por enquanto a China tem domínio no mercado internacional.

    A propaganda ocidental, com base em estudos de think tanks estadunidenses que apoiam a guerra, sustenta que Moscou está aumentando a produção de armas com o objetivo de ocupar toda a Ucrânia e eventualmente entrar em guerra com a OTAN, a aliança militar do Ocidente.

    A Rússia vem avançando lentamente para ocupar todo o território ucraniano que já incorporou, nas repúblicas de Lugansk e Donetsk e nas províncias de Kherson e Zaporizhzhia. Esta faixa de terra, do ponto-de-vista militar, garante o controle de longo prazo da Rússia sobre a Crimeia e sua presença no mar Negro.

    Nas últimas horas, os russos assumiram o controle de quatro vilarejos na região ucraniana de Sumy. A ofensiva aparentemente tem o objetivo de forçar Kiev a desviar recursos para uma nova frente.

    Os aliados europeus da Ucrânia são acusados por Moscou de pretender uma guerra sem fim, uma vez que forneceram a Kiev mísseis de longo alcance como os franco-britânicos Storm Shadow e permitiram que sejam utilizados sem qualquer limitação contra alvos dentro da Rússia.

    O ex-presidente russo Dmitry Medvedev, que hoje atua nas redes sociais como porta-voz da linha dura, publicou um mapa segundo o qual a Rússia teria de criar uma "zona neutra" para evitar ataques aéreos de Kiev composta por praticamente todo o território da Ucrânia.

    Pelo mapa, a Ucrânia ficaria restrita a uma pequena faixa de terra na fronteira com a Polônia. Trata-se, acima de tudo, de uma denúncia sobre o profundo envolvimento de Reino Unido, França e Alemanha com o conflito -- são os fornecedores de armas e informações sem os quais Volodymyr Zelensky seria obrigado a capitular.

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