Bizarro: Polícia se confunde e prende vítima de golpe no litoral de SP
Morador do bairro Embaré, em Santos, foi alvo de mandado de prisão temporária, mas investigações concluíram que ele havia caído no golpe
Um erro bizarro ocorreu durante a Operação Man in the Middle, deflagrada em Santos, no litoral paulista. Um homem foi detido pela polícia, mas acabou tendo a prisão temporária revogada. Motivo: a Polícia Civil constatou que ele foi vítima do esquema investigado.
A ação foi dirigida pela 4ª Delegacia Seccional de Polícia — Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (CERCO), vinculada ao Departamento de Polícia Judiciária da Capital (DECAP).
Os agentes apuram a ocorrência de fraudes eletrônicas e crimes de estelionato praticados por intermédio de plataformas de venda online.
A Polícia Civil informou que a prisão foi realizada por volta das 6 horas da manhã de segunda-feira (19), em um apartamento na Avenida Almirante Cochrane, no bairro Embaré, em Santos, por agentes da 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC).
Ainda segundo informações da corporação, o mandado de prisão temporária foi expedido pela Justiça da Capital, no Fórum da Barra Funda. Teria sido baseado em indícios preliminares de participação em associação criminosa e estelionato qualificado. O advogado do então suspeito acompanhou a ocorrência.
A Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) destacou que, depois de novas diligências, os policiais concluíram que o homem não participava do grupo criminoso. Ao contrário, ele havia sofrido prejuízos financeiros provocados pelo golpe. Depois disso, a prisão foi anulada e a vítima foi liberada.
Investigações sob sigilo
A Polícia Civil disse, ainda, que as investigações prosseguem sob sigilo e que novas etapas da operação podem ser deflagradas nos próximos dias, de acordo com informações do G1.
A SSP-SP ressaltou que a Operação Man in the Middle já teve como consequência o cumprimento de seis mandados de prisão temporária. O objetivo é desbaratar quadrilhas especializadas em golpes digitais, que usam intermediários para aplicar fraudes em negociações virtuais.
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